24 de abril de 2011

Sinto.

Eu ando pelas ruas dessa vida sem saber o que vou e quem vou encontrar. E quando caminho por elas sozinho, sinto-me esquecido pelo mundo e um desespero me vem a mente. Não é inveja de quem se destaca, a questão é, meu EGO é muito ingênuo e ainda não entendeu que pessoas iguais e melhores a mim existem nesse mundo, e que meu talento não é o único. O desespero continua quando vejo uma pessoa sendo aplaudida pelo público, e penso: MEU DEUS, PORQUE NÃO EU? MEU TALENTO É TÃO...
Meu talento é tão egoísta que pensa que ele é o único desse mundo. Meu consciente sabe que está errado em pensar assim, mais meu EGO não. Eu já perdi a chave para abrir esse cadeado que tranca a porta da felicidade e a satisfação do meu talento. Eu quero mais, aliás, eu quero ser mais. Eu quero ser o único, quero ser apontado como o melhor.
Preciso aprender muitas coisas. Tento reverter a situação as vezes, mais sinto a diferença entre ser bom e ser egoísta. E volto pro meu mundinho onde eu sou o REI.
Mais alguém avisa ao meu mundinho que entre ele existe outros e outros melhores?
É isso que eu sinto. Perdoe-me meu pai, meu sentimento é egoísta, e desse jeito que está indo me tornarei um homem frio e sem amigos. Me importando com o material e deixando meu espírito apodrecer em angústia e mágoas. E quando fecho os olhos me vejo em uma mansão, sozinho. Com um copo de uísque na mão olhando para meu jardim. Onde estão minha mulher e meus filhos, que eu sonhei quando era criança, e, ainda tinha como mudar esse sentimento? 
Eles nunca existiram, meu orgulho fez com que eu afastasse meus pais e meus irmãos de mim. Meus amigos do colégio têm nojo de mim e dizem para a cidade inteira que os humilhei a vida inteira. 
Pai, me ajude a ser melhor.

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