10 de agosto de 2010

Manual para os feridos por amor

Levando em consideração que no amor e na guerra vale tudo.
Todos os amantes, de qualquer sexo, ficam alertados que o amor, além de ser uma bênção, é algo extremamente perigoso, imprevisível, capaz de acarretar danos sérios. Conseqüentemente, quem se propõe a amar deve saber que está expondo seu corpo e sua alma a vários tipos de ferimentos, e não poderá culpar seu parceiro em nenhum momento, já que o risco é pra ambos.
Um vez sendo atingido por uma flecha perdida do arco de Cupido, deve em seguida solicitar ao arqueiro que atire a mesma flecha na direção contraria, de modo a não se submeter ao ferimento conhecido como "amor não correspondido". Caso o cupido recuse tal gesto a convenção ora sendo promulgada exige do ferido imediatamente que retire a flecha do seu coração e a jogue no lixo.
Em ferimentos leves, aqui classificados com pequenas traições, paixões fulminantes que não duram muito, desinteresse sexual passageiro, deve-se aplicar com generosidade e rapidez o medicamento chamado PERDÃO.
Uma vez aplicado não se pode voltar atrás e o tema precisa estar totalmente esquecido.
Já em ferimentos definitivos também chamados de "rupturas", o único medicamento capaz de fazer efeito chama-se TEMPO. Não adianta procurar consolo em cartomantes( porque sempre dizem que o amor perdido irá voltar), livros românticos ( cujo final é sempre feliz ) e nem em novelas de TV.
Deve-se sofrer com intensidade, evitando-se ´por completo drogas, calmantes, orações para santos. Álcool só é tolerado em uma máximo de 2 copos de vinho por dia.


E para finalizar os feridos por amor não são vitimas. Viveram um fato que teve sua consequencia.
E os que jamais foram feridos por amor nunca poderão dizer: "Vivi". Porque não viveu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

E-mail:
Senha: